domingo, 30 de março de 2008

Tempo, Tempos e Metade de um Tempo




“Tempos de tempestade. Queria que o Tempo passasse.
Tempos de calmaria. Queria que o Tempo parasse.
Tempos de saudade. Queria que o Tempo voltasse.”

Será mesmo que só o tempo, e mais nada, é capaz de fazer com que certas coisas voltem para o lugar ou arrumar situações momentaneamente sem solução, apagar marcas ou cicatrizar feridas¿ Deixar oculto ou tornar claro.

Colocamos o tempo sempre tão acima de tudo e todos. Sempre tão absoluto. Isentamos nossa culpa, nossos deveres. Imaginamos um futuro melhor e dizemos que o tempo fará diferença. Lamentamos o presente e culpamos o tempo que não pode voltar. Temos medo de perder boas oportunidades ou bons momentos e murmuramos, dizendo, que o tempo passa rápido demais.

Fácil. Viver pensando assim é muito fácil.

Algumas pessoas substituem o “Tempo” por “Deus”, ou qualquer outra entidade com aparente poder absoluto. Outros trocam a palavra “Tempo” por “Destino”. Uma minoria isolada, que em alguns momentos pode ser tida como céticos ou frios, substituem o tal “Tempo” por si mesmos.

Feridas em nosso corpo físico não cicatrizam sozinhas e nem somem simplesmente. Não caducam após 5 anos como nossas contas. As feridas fecham e cicatrizam após um trabalho árduo de nosso organismo. Trabalha em silêncio, mas trabalha. Por que então as feridas de nossa alma, deveriam cicatrizar ou desaparecer, somente com o passar do tempo.¿

O que estou tentado dizer e até mesmo fazer com que eu mesmo entenda de uma vez por todas é que nós somos responsáveis por todos os acontecimentos de nossa vida. Dos mais simples aos mais complexos. Nada acontece por acaso. São apenas seqüências de conseqüências de ações tomadas por nós mesmos. Não há culpados.

Escrevi certa vez que não existem mocinhos e bandidos na vida real. O que existem são pessoas que continuam sempre tentando acertar, apesar das adversidades e outras que desistem de tentar. De certa forma, as pessoas que continuam sempre tentando, que buscam respostam acabam sempre ficando mais em evidência do que as demais. E sempre, sempre mesmo, são observadas em geral pelas suas falhas e nunca por suas conquistas. Erram tentando acertar. Procuram respostas, mudam situações. Conhecem pessoas, abandonam pessoas. E no final, podem com firmeza afirmar que em algum momento da vida puderam tirar lições proveitosas sobre determinado assunto ou tema. Cada um na sua,mas com alguma coisa em comum.

Penso, logo existo e erro e acerto e erro de novo e volto a acertar. Viver é assim. Um eterno ciclo. Moralistas que se cuidem estou voltando. Mistérios foram desvendados e segredos antigamente ocultos, revelados. Quem te

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

2 análises:

Jamille Lobato disse...

Como não comentar o seu blog? Justamente o seu?
O retorno, de tantos outros retornos...
Simplesmente amo suas palavras, vc sabe como e o que escreve!
Sobre o tempo: " ...e o que há de ser o tempo, nessa vida dos mortais que seguem... muitas vezes sem saber porquê, mas seguem!"

s2

Denise disse...

De fato, assumir a responsabilidade pela nossa própria vida requer altas doses de força e um bom amortecedor para os socos que nos serão golpeados à boca do estômago. Mas não concordo que jogar a tarefa de apagar feridas à sorte do tempo seja tão abominável. É mais uma questão de reconhecer que somos humanos, e, por conseqüência, fracos também. Como você diz, é errar tentando acertar.
Belo texto!
Welcome back!!