segunda-feira, 22 de setembro de 2008
"Experiências também têm, algumas vezes, um conteúdo. O
conteúdo de uma experiência é aquilo que ela representa. O
conteúdo da experiência visual de uma parede branca é a parede branca, de uma
parede azul, a parede azul."
Foi me ensinado que tudo na vida tem um propósito. Que você planta o que você colhe e que aqui se faz aqui se paga. Passei anos da minha vida tentando lutar contra alguns ensinamentos, tentadno buscar alternativas, respostas em outros livros. Ainda tenho 25 ou já tenho 25..sei lá. O que importa agora é que gostaria de poder contribuir com algo, deixar uma marca, ser notado. Mas isso é muito difícil hoje em dia onde tudo é possível e nada está tão distante de um click.
Observo pessoas que gosto, outras que sequer sei o nome e tento imaginar como se sentem, o que pensam. Não é da minha conta, sei. Mas a imaginação é minha. Por muito tempo procurei outros como eu. Em bares, botecos, baladas, salas de bate-papo e nunca encontrei nada. Ninguem que me fizesse ficar em silencio por alguns intantes e somente refletir. Procurei romances. Mas não era exatamente romance que eu buscava. Procurei amigos, mas não era o que eu queria. Procurei parceiros...mas também não era isso. Hoje percebo que na verdade eu procurava e buscava a mim mesmo. Procurava entender a mim mesmo. Buscava explicações para minhas próprias atitudes.
Não desejo a minha vida pra ninguem e nem espero que me entendam também. hoje em dia tanto faz.
Fui criança, fui jovem, fui pai. Fui arteiro, fui crente, fui punk. Fui estudioso, cheio de planos e ideais. Tentei me matar, tentei sobreviver. Queria ser piloto de caça. Queria ter uma banda. Briguei diversas vezes, com pessoas que amo e outras que odeio. Tomei esporros, fui duro, fui fraco. Caí e levantei. Ri e chorei. Tive casa, não tive. Dormi na rua, vaguei na noite. Bebi. Busquei, encontrei e me perdi. Caí de novo. Me levantei. Fui atacado. Estudei, procurei. Chorei.
O mais interessante de tudo e lembrar que sempre, mas sempre mesmo, em todos os meus piores momentos eu estava só. Envolto em meus pensamentos, perdido em minhas idéias. Tentando fazer com que o mundo compreendesse algo que para eles era impossível. O mundo em geral teme o que desconhecem. Agora não que mais ser comprendido, nem ser notado. Resolvi par ao meu próprio bem que vou ser mais um na multidão. Não tenho pena de mim. Com tudo isso acabei, mesmo que por mal, aprendendo muita coisa. A lidar com diversas situações. Mas se hoje eu me encontrasse comigo mesmo há uns 10 anos atras, sentiria pena de mim. Gostaria de ter tido ajuda. De der podido choarar todas as vezes que senti vontade. ter alternativas. Hoje em dia eu me calo e observo. Não me manifesto.
E agora que não estou mais procurando e nem me importo muito se há outros como eu ou não, aparece alguém. O que fazer agora?!
É...voltei...
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3 análises:
Pode soar piegas...mas...
Você não está mais sozinho, você não é mais um na multidão e você jamais vai achar alguém igual à você...pois você é único. Tuas experiências te fizeram assim e por piores que foram te fizeram ser melhor...e sim, você deixou marcas sim!!! Algumas visíveis outras não...mas estão lá!!!E é isso que você vai levar contigo para sempre, tudo isso que você viveu, aprendeu...seus tombos e suas "levantadas", afinal esse é o objetivo...viver. E você sempre terá alguém para quem pedir ajuda...ou melhor, não vai nem precisar pedir porque esse alguém sempre estará por perto pra te estender a mão e te segurar...nos seus melhores momentos...e nos piores...independente se você agradecer ou se recusar...esse alguém mesmo assim vai te segurar...
Se voltou e está querendo falar, é porque tem alguém para ler ou para escutar. Experiência, representação e conteúdo se confundem o tempo todo, ainda mais quando o protagonista dos três vértices somos nós mesmos. Que bela coincidência passar por aqui e ver que você voltou. Ninguém é uma ilha, Thiago. Você não é uma ilha, embora seja um universo. Nem universos estão isolados: são uma grande rede emaranhada e nos nós e tropeços encontramos nós a serem desfeitos, com ou sem ajuda, buscamos a nossa própria verdade fora de nós mesmos e acusamos injustamente quem só sofreu por não nos compreender. Eu te compreendo, embora não totalmente. Sou sua amiga, mesmo com os nós e as bostas que nos forçamos comer, não é mesmo?
Desejo profundo de que esteja bem!
Beijo!
Eu digo pra mergulhar de cabeça.
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